quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Em Palestra na Universidade Columbia, Marcos Troyjo analisa geopolítica dos BRICs"





Os BRICs (conjunto que congrega Brasil, Rússia, Índia e China) são um "conceito-em-construção". Esta foi a ênfase dada pelo cientista político e economista Marcos Troyjo em palestra no programa de mercados emergentes da SIPA (School of International and Public Affairs) da Universidade Columbia. Troyjo falou para turmas de pós-graduação sobre como os BRICs se inserem num mundo "interdependente e conflituoso". Troyjo também analisou a sigla em termos de inovação e econo mia do conhecimento.Para Troyjo, se os BRICs almejam maior influência nas relações internacionais, precisam mais do que dimensões geográficas e estatísticas semelhantes grande território, população, economia. Troyjo defendeu a ampliação de fóruns em que empresários, acadêmicos e governos formulem agendas comuns. Os BRICs têm de saber "o que querem para seus países, suas elites; o que querem do mundo e para o mundo. É preciso questionar se possuem projetos de poder, prosperidade e prestígio", salientou.
Troyjo argumenta que a China deseja ser rica e daí poderosa. "Seu projeto de prosperidade é o de nação-comerciante, o que aumenta prestígio e poder. A Índia deseja ser poderosa e daí ter prestígio. O diferencial competitivo é o custo benefício da mão-de-obra em têxteis, call centers, web centers e tecnologias da informação, mas não possui projeto articulado de prosperidade". Para Troyjo, a Rússia quer poder, prosperidade e prestígio, mas não sabe como chegar lá. Às vezes age como se ainda fosse superpotência. Seu futuro depende de governança, transparência e utilização de seu grande número de cientistas para tecnologias voltadas ao mercado. Já os EUA continuarão "protagonistas"', mas não "hegemônicos" na cena mundial dos próximos 20 anos.Troyjo defendeu a elaboração de um "business plan" para o Brasil. "A nova posição do País nas relações in ternacionais virá do "destino que dermos a recursos viabilizados pelas descobertas do pré-sal". Troyjo mostrou como esses ganhos devem ser transferidos para o fomento da economia da criatividade e inovação. "Se nosso investimento em pesquisa & desenvolvimento subir para 2% do PIB nos próximos 10 anos e internacionalizarmos a marca 'Brasil', o País será uma das cinco nações mais dinâmicas, prósperas e influentes do século 21", concluiu.

POR http://resistir.info/crise/geab_50.html
FONTE: http://inteligenciabrasileira.blogspot.com

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