O Governo do Reino Unido deve expulsar do país um diplomata israelense que estaria envolvido na falsificação dos passaportes britânicos utilizados pelos assassinos do líder do Hamas Mahmoud al-Mabhuh, encontrado morto em um quarto de hotel de Dubai em janeiro deste ano.
Segundo a imprensa britânica, o ministro de Assuntos Exteriores, David Miliband, irá à Câmara dos Comuns fazer uma declaração pública sobre o assunto, que esfriou as relações entre Reino Unido e Israel, cujo serviço secreto no exterior, o Mossad, foi acusado da morte de Mabhuh.
Desde a utilização de passaportes britânicos pelos autores do crime ficou conhecida, Miliband cobrou uma investigação do Governo israelense, que o tempo todo negou a participação do Mossad no assassinato.
Fontes diplomáticas citadas pela "BBC" disseram que o Governo britânico não está acusando Israel de participação na morte do líder palestino. Apenas quer que sejam esclarecidas as circunstâncias da falsificação dos passaportes britânicos.
Do ponto de vista diplompático, a expulsão do funcionário israelense seria uma mostra clara do mal-estar do Governo britânico com a utilização de 12 documentos oficiais de identificação no assassinato de Mabhuh, que, segundo diversas fontes, estava em Dubai para comprar armas.
Em fevereiro, Miliband considerou "um escândalo" a falsificação dos passaportes e pediu às autoridades israelenses que esclarecessem o ocorrido.
Segundo a edição de hoje do "Daily Telegraph", está claro para o Reino Unido que o serviço secreto israelense falsificou até 15 passaportes britânicos com a conivência de autoridades diplomáticas.
Fonte: Yahoo Brasil
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