domingo, 20 de setembro de 2009

20 de Setembro - Parabéns a Tod@s que ajudaram a construir esta História



Através de uma historiografia tradicional, chamada de "Democracia do Pampa" se nega por muitas vezes a relação Explorados-Exploradores. Se ignora na História Oficial do Rio Grande , a luta dos despossuidos - Negros, Indios, Mestiços e Pobres em geral.

Dentre as raízes políticas , econômicas e sociais da Revolução farroupilha estavam por um lado o Café, que fazia com que as demais províncias se submetessem ao interesses econômicos das províncias cafeicultoras. E por outro, a perda da província Cisplatina(URUGUAY). Significando para os charqueadores o encarecimento do produto, já que muito do gado Uruguaio, passou a ser carreado para os saladeros argentinos.

Proclamando a liberdade dos escravos que defendessem a liberdade dos repúblicanos, puderam os Generais da República ter um certo número de homens que formaram a base de sua força militar. recrutaram solteiros, entre 18 e 35 anos. Brancos, Pardos, Indios e Negros libertos. Inclusive um indivíduo branco, poderia se eximar de lutar, se oferecesse um escravo negro com Carta de Alforria, para lutar em seu lugar.

Em novembro de 1938, o Império decretou a "Lei da Chibata". Ordenando que todo escravo rebelde recebesse de 200 a 1.000 chibatadas. E estrategicamente, prometiam a Carta de Alforria para todo escravo rebelde que se entregasse às forças imperiais.

O MASSACRE DOS LANCEIROS NEGROS EM PORONGOS

Nesse contexto, acontece na madrugada de 14 de novembro de 1844, o "massacre de porongos", onde os lanceiros negros, previamente desarmados por Canabarro e separados do resto das tropas, forama atacados de surpresa e dizimados pelas tropas imperiais. Isto se deu , pois não servia para nenhuma das Elites que travavam a Guerra, ter no Rio Grande do Sul, Negros Libertos.

Embora os Grandes Proprietários de terras , acreditem ser os protagonistas da Revolução Farroupilha. Os Negros, Indios, Mestiços e Brancos Pobres, que lutaram bravamente pela República e pela Liberdade, foram os grandes protagonistas da Revolução Farrapa!

Este mesmo espírito progressista, libertário e anti-inperialista dos Farrapos, senmpre estiveram presentes em nosso povo, como na Coluna Prestes em 1924, na Revolução Getulista de 1930, no Movimento da Legalidade de Brizola e Jango em 1961, na Resistência a Ditadura Militar nos Anos de Chumbo, e hoje na Luta contra o Neoliberalismo e a Favor de um Projeto de País, com Soberania, Democracia e Distribuição de Renda através de nossas inumeras e fartas riquezas naturais, como é o caso do Pré-Sal.

O texto é baseado no Livro Revolução Farroupilha, a mais longa revolta repúblicana enfrentada pelo Império Centralizador e Escravocrata. Do Deputado Raul Carrion (PCdoB-RS), Editado pela Assembléia Legislativa, Porto Alegre, 2007.

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